A digestão humana

Como ocorre a digestão de alimentos, uma grandiosa orquestra

A Ingestão do alimento

Os dentes são preparados para mastigar o alimento, e

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o formato deles atende às dietas de cada tipo de animal. Humanos têm dentes preparados para cortar e mastigar o alimento e são parecidos com os dentes de macacos que são herbívoros. Quanto mais mastigado o alimento, melhor para o processo digestivo, pois aumenta a superfície exposta às secreções das glândulas. As enzimas atuam somente sobre a superfície das partículas do alimento, a mastigação também ajuda na quebra da membrana de celulose de vegetais e frutas, pois ela é indigerível.

Na boca há secreção das enzimas ptialina ou amilase salivar, maltase e catalase.

A ptialina participa da hidrólise dos polissacarídeos como amido e glicogênio, e a maltase participa da hidrólise da maltose em glicose. A maltose é um dissacarídeo e a glicose um monossacarídeo. A quebra de uma molécula de maltose forma duas moléculas de glicose.

Digestão no estômago

O estômago possui a função de armazenar o alimento logo após a refeição, fazer a mistura com as secreções gástricas e enviar o alimento para o intestino.

Em quase toda a parede do estômago há glândulas gástricas que secretam o suco gástrico. A principal enzima do suco gástrico é a pepsina. Ela só fica ativa em um meio ácido (pH = 2,0), portanto precisa da presença do ácido clorídrico, que é secretado pelas células parietais e tem importantes funções não só auxiliando no pH para a ativação da digestão pela pepsina mas também facilitando a absorção do ferro. Essas secreções são reguladas por hormônios como gastrina e enterogastrona.

Secreções pancreáticas

O pâncreas secreta o suco pancreático. Quando o alimento chega ao estômago, as enzimas deste suco são estimuladas e secretadas.
O suco pancreático possui enzimas que digerem as proteínas, os carboidratos e as gorduras.
A tripsina e a quimotripsina digerem proteínas grandes e parcialmente digeridas.
A amilase pancreática digere os carboidratos, hidrolisando o amido, glicogênio e outros polissacarídeos, formando dissacarídeos.
A lípase pancreática hidrolisa gorduras neutras em glicerol e ácidos graxos.
As ribonucleases degradam os ácidos ribonucléicos e as desoxirribonucleases degradam os ácidos desoxirribonucléicos.
Toda secreção destas enzimas é estimulada pelo mecanismo nervoso e hormonal.

Secreção da bile

A bile é secretada pelo fígado e não possui enzimas digestivas. A sua importância na digestão consiste na presença dos sais biliares, que emulsionam as gorduras para serem digeridas pelas lipases, e ajudam a solubilizar os produtos desta digestão, facilitando a absorção pela mucosa.

O fígado secreta bile de forma contínua, mas ela fica armazenada na vesícula biliar até ser solicitada para a digestão.

Secreções do intestino delgado

As secreções intestinais são produzidas pelas criptas de Lieberkiihn que se localizam por toda a superfície do intestino delgado. As principais enzimas deste suco são: enteroquinase, erepsina, lipase, amilase, maltase, lactase e sucrase.

– A enteroquinase ativa o tripsinogênio e hidrolisa peptídeos a aminoácidos.
– A erepsina é um grupo de peptidases que hidrolisa peptídeos a aminoácidos.
– A maltase tem a função de hidrolisar a maltose à glicose.
– A lactase quebra a lactose em glicose e galactose,
– A sucrase hidrolisa a sacarose em glicose e frutose.
– As glândulas de Brunner estão localizadas no duodeno e secretam um muco que protege as paredes dos órgãos contra o suco gástrico.

Mais informações: http://www.infoescola.com/biologia/sistema-digestivo/