Vitamina D3 – Suplementação

 

A deficiência de vitamina D e suas consequências constituem um problema de saúde pública mundial. Nos países subdesenvolvidos, a hipovitaminose D ainda não recebe a devida atenção enquanto “problema de saúde”. Como podemos observar nesta revisão, vários estudos têm mostrado que a vitamina D pode desempenhar um papel importante em muitos mecanismos bioquímicos para além do metabolismo ósseo e do cálcio. Apesar das evidências encontradas (grande parte em estudos transversais), dados de estudos prospectivos e ensaios clínicos randomizados ainda são escassos, porém necessários para demonstrar os efeitos clínicos e metabólicos das variações na concentração da 25(OH)D na evolução clínica de diversas doenças, como as que discutimos nesta página, e também para estabelecer o momento e necessidade de começar uma terapia utilizando vitamina D, bem como para determinar a dose, via e duração da administração. Vale ressaltar que ainda não há consenso na literatura médica sobre os pontos de corte que caracterizam suficiência, insuficiência ou deficiência de vitamina D no organismo. A investigação da adequação do status desta vitamina deve ser objeto de pesquisas futuras, além disso, a busca de análogos sintéticos de vitamina D sem atividade calcêmica também pode ser promissora para a prevenção e tratamento das doenças endocrino-metabólicas.

Vários estudos relatam que nos  indivíduos obesos é frequente a observação de níveis séricos reduzidos de 25(OH)D. Investiga-se que a insuficiência de vitamina D em obesos pode ser um dos fatores que desencadeie o acúmulo de gordura corporal, e não seja apenas consequência de menor exposição solar por parte deste público que também apresenta um   baixo nível de atividade física e menor mobilidade.

A interação da vitamina D com o sistema imunológico vem sendo alvo de um número crescente de publicações nos últimos anos. Estudos atuais têm relacionado a deficiência de vitamina D com várias doenças autoimunes, como diabetes mellitus insulino-dependente (DMID), esclerose múltipla (EM), doença inflamatória intestinal (DII), lúpus eritematoso sistêmico (LES), artrite reumatoide (AR) e Alzheimer.

A deficiência de vitamina D pode predispor à intolerância à glicose e alterações na secreção de insulina.

Na hipertensão, a vitamina D pode atuar via sistema renina-angiotensina e também na função vascular favorecendo a normalização da pressão alta. A vitamina D é um fator indispensável para o desenvolvimento e manutenção do tecido ósseo, bem como para a manutenção da homeostase do cálcio e do fósforo. Atualmente, várias evidências sugerem que esse hormônio desempenhe outras funções além dessas.
Estima-se que receptores de vitamina D estejam envolvidos na expressão de aproximadamente 3.000 genes do genôma humano.
Tal como uma vitamina solúvel em gordura, a vitamina D é absorvida no intestino na presença de sais biliares ( principalmente no jejuno ) utilizando-se de micelas por difusão e é excretada na urina e fezes em uma forma inativa.

DOSAGEM / CONCENTRAÇÃO USUAL
Em tratamentos dermatológicos e de doenças auto imunies as doses diárias podem variar de 5000 a 100.000UI. As dosagens dependem do indivíduo em questão e do tipo e severidade da desordem. As dosagens abaixo são recomendadas para medidas terapêuticas e preventivas e não incorrem em acúmulo de cálcio no organismo, porém para uma recuperação mais rápida e segura deve-se ingerir ao menos 2 litros de água por dia quando utilizar a vitamina D acima de 20.000 UIs / dia.

Como medida preventiva em bebês: 1000 UI de Vitamina D3 por dia, via oral.
Crianças até 5 anos: 5.000 Uis por dia, via oral.
Como preventivo em manifestações dos riscos de deficiência de vitamina D: 10.000 Uis por dia, via oral ou faça o cálculo de 2.000UIs por cada 12 kg do pêso corpóreo.
Na terapia de raquitismo e osteomalacia resultante de deficiência de vitamina D3: 20.000 UIs de Vitamina D3 por dia.
Terapia de suporte à osteoporose: 20.000 UI de Vitamina D3 por dia, via oral.
Advertência: a margem entre a dose terapêutica e a dose tóxica é estreita. Um ajuste de dose deve ser realizado assim que for observada uma melhora clínica. A administração deve ser realizada sob estrita vigilância médica.

CÂNCER
• Estudos epidemiológicos mostram que pessoas que vivem em altitudes elevadas tem um risco aumentado de linfoma de Hodgkin , cancer do cólon , pâncreas , próstata, ovário e de mama entre outros e a mortalidade devido a estes fatores é superior à daqueles que estão em altitudes mais baixas .
• Diferentes estudos concluem que os níveis de vitamina D abaixo de 50 ng / ml estão associados com um aumento de 30-50 % no risco de cancer de cólon , da próstata e cancer da mama e de mais de 90% nos casos de Esclerose Múltipla, Artrite Reumatóide, Diabete Mellitus, Lúpus dentre outras.

FISIOLOGIA DA VITAMINA D
•Na década de 1930, descobriu-se que a exposição
da pele à luz solar e aos raios ultravioleta (UV)
artificiais, eram capazes de estimular a produção de
vitamina D3 (colecalciferol) à partir da conversão
de um precursor, o 7-deidrocolesterol (7-DHC ou
provitamina D). A luz UV de 290 a 315 nm
desencadeia clivagem fotoquímica e produz pré vitamina
D na membrana plasmática de queratinócitos
e fibroblastos nas camadas basal e suprabasal
da epiderme. Em aproximadamente 24
horas, forma homodímeros, que se transformam
em vitamina D.

METABOLISMO CÁLCIO – FOSFORO
• Estimula a reabsorção óssea
•1,25 ( OH ) 2 – D ; recupera calcemia.
• Promove a mineralização óssea
•24,25 ( OH ) 2 – D ; captação de cálcio pelos ossos .
• Junto com PTH é responsável por manter os níveis de cálcio e de fósforo adequadas.
• aumenta a reabsorção renal de cálcio e fósforo.

SISTEMA IMUNOLÓGICO
•Assim como muitas outras vitaminas, a vitamina D tem entre suas funções a capacidade de estimular o sistema imunológico. A sua influência é verificável através de um estudo publicado em julho de 2014 na Today’s Dietitian, que conclui que crianças com bons níveis de vitamina D são mais raramente infectadas pela gripe. Naturalmente, essa aliada do sistema imunológico também é capaz de proteger o corpo de muitas outras doenças.
No que se refere ao sistema cardiovascular, há um efeito positivo direto da vitamina D sobre as artérias. Verificou-se que as artérias de pessoas com bons níveis de vitamina D possuem paredes menos rígidas, de forma que a arteriosclerose é evitada ou mesmo aliviada. Esse efeito reduz, por sua vez, a pressão arterial de pessoas hipertensas, além de estabelecer um menor risco de infarto do miocárdio.

HORMÔNIOS
•Bons níveis de vitamina D se relacionam também à saúde hormonal ao estimular a produção adequada de estrogênio nas mulheres e de testosterona nos homens.
A saúde em geral de mulheres e homens dependem dos seus bons níveis da vitamina, que influenciam até mesmo o humor. Na falta desses hormônios, é sério o risco de desenvolvimento de um quadro de depressão.

EXPOSIÇÃO SOLAR
•A dieta não atinge as necessidades diárias recomendadas de vitamina D.
•No entanto, a principal fonte de obtenção de vitamina D é a exposição solar, por várias razões a população em grande parte não consegue atingir seus níveis ideais.
•Um fator de proteção solar 8 cancela praticamente toda produção de vit D.
Cerca de 80% da vitamina D é produzida na pele
após exposição à radiação ultravioleta B. Em caso
de exposição prolongada à radiação, o organismo possui um mecanismo
intrínseco de regulação da produção cutânea,
que previne a superprodução e a consequente
intoxicação pela vitamina D endógena.

HIDRATAÇÃO

Em fazendo uso de suplementação oral de vitamina D3 acima de 20.000 Uis diárias tome mais de 2 litros e meio de água por dia para garantir a eliminação de excedentes de cálcio bem como, radicais livres e outras toxinas.

Fonte : Livro e entrevistas do Dr. Michael Holick – Boston University Medical Center

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